O ofício das baianas e seu tabuleiro têm sido objeto de estudos de pesquisadores das mais diversas áreas. Aqui reunimos alguns desses estudos, esperando que muitos outros sejam acrescentados.
Autor(a): J. Dultra, O. Damasceno
A reportagem relata aspectos relacionados à saúde e qualidade de vida das comerciantes, símbolos da cultura e turismo da Bahia, por conta da sua ocupação e estrutura de trabalho.
Autor(a): Y Tillquist
Pesquisas sociolinguísticas mostram que no contato linguístico entre o português brasileiro e as línguas africanas durante o tempo da colonização, muitas palavras africanas foram assimiladas à língua falada no Brasil. Certas palavras fazem hoje parte da língua cotidiana, enquanto outras são utilizadas exclusivamente nas comunidades de religião afro-brasileira.
Autor(a): IS Goldstein
De maneira geral, os escritos e pronunciamentos de Jorge Amado fazem referência – com maior ou menor rigor – à formação histórica do país, à mestiçagem bio-cultural e às “características” do brasileiro. A região da Bahia – em todas as suas facetas, como a paisagem marítima, o cotidiano, a pobreza, as festas, a comida, a capoeira e os cultos afro-brasileiros – fornece a moldura para sua criação.
Autor(a): R Prandi
Diretório de 761 letras da MPB com referências a orixás e outros elementos das religiões afro-brasileiras. Período de 1902 a 2000.
Autor(a): B Veiga
Na literatura amadiana, em sua parte centrada na Cidade da Bahia, toda uma inferência contextual citadina mostra seus traços, suas cores, seus cheiros e seus sabores, que irão, própria ou impropriamente, definir certo clima de localidade.
Autor(a): E Figueiredo
A recepção da literatura brasileira na França é marcada pela forte presença de Jorge Amado; livros de autores menos « exóticos », como Lygia Fagundes Telles, por exemplo, são resenhados como o reverso da medalha de Jorge Amado, pelas negativas : eles não têm mulatas, erotismo e candomblé.
Autor(a): AHN Ferreira, RNR da Silva
O texto apresenta o processo de criação como diálogo entre, o exercício de arte inovadora e o ethos baiano – oriundo da presença da cultura afro-descendente originária da diáspora africana. Questões em relação ao conceito de identidade e globalização são utilizadas como sistema de referencial na criação de obras nas quais uma leitura artísticocultural mais abrangente possibilita novas perspectivas e esgarçamentos dos limites do que seria compreendido como arte popular e arte erudita.
Autor(a): T Tonon
Jorge Amado sempre salientou a importante contribuição das tradições de origem africana na criação daquela cultura baiana “mestiça e sincrética” por ele constantemente exaltada. Cultura nascida da união de tradições que, vindas da Europa e da África, na Bahia foram juntando-se, para “abrasileirar-se”.
Autor(a): G Dourado
Festa da baianidade:
Capoeira e afoxé…
Baianas e percussão:
Abará… Acarajé…
Bandas de alto quilate:
Sambahia… arraste-pé…
Autor(a): MLN Simões
A Região é sabidamente prevalecente de influências de negros, sergipanos e turcos (termo genérico para as origens síria, libanesa e turca, propriamente dita), presenças singulares na formação e desenvolvimento das cidades, principalmente Itabuna, antes Tabocas.
Autor(a): D Rocha
O objetivo desse artigo é delinear o papel das comidas ritualísticas em cerimônias de candomblé na obra Tenda dos Milagres (1969), de Jorge Amado, na qual o romancista baiano aborda o preconceito dos brancos perante as religiões de matriz africana. Mulato e capoeirista, o protagonista Pedro Archanjo, que transita no universo das festas religiosas da Bahia e nos terreiros de pais de santos, é um bedel da Faculdade de Medicina.
Autor(a): J T Santos, L C C Santos
“Agora, tem até pai de santo doutor”. O comentário em terreiros baianos traduz a percepção do povo de santo sobre a existência de lideranças com escolaridade de nível superior. Claro está que é um fato das últimas três décadas num universo secularmente observado como de maioria negra e com pouca instrução, indicando os obstáculos enfrentados por essa população no acesso à escolaridade.
Autor(a): AL de Souza Eloy, RRV dos Reis
A apropriação do espaço público por ambulantes que comercializam alimentos prontos para o consumo atrai variados públicos durante diversas horas do dia. O objetivo principal deste estudo foi relacionar alimentos tradicionais, no serviço de alimentação considerado street food. Aplicou-se a amostra não probabilística por julgamento aos ambulantes, executores de produção, para listar iguarias ofertadas e, aos consumidores, recorreu-se à amostra não probabilística intencional para identificar práticas alimentares.
Autor(a): LMSB y Helio, E Barroco
O Turismo e a Gastronomia são inseparáveis, pois não têm como se pensar em turismo, sem prever entre outros itens, a alimentação para curta ou longa permanência, onde o viajante não pode abster-se dela, e desta fora, sempre tende a experimentar a cozinha local.
Autor(a): GT Martini
Este trabalho tem por objeto de estudo o comércio tradicional de acarajé que se originou das práticas votivas dos cultos afro-brasileiros, tornando-se uma atividade secular na história da cidade de Salvador, caracterizada como um ofício feminino. A análise do ofício implicou em uma história das transformações sofridas por suas formas tradicionais de venda a partir do século XX, sempre confrontadas pelos poderes públicos e, recentemente, pelas novas correntes evangélicas das igrejas neopentecostais.
Autor(a): RP Cintrão
Este artigo tem como objetivo apontar as contradições entre as políticas de vigilância sanitária e as recentes políticas culturais de reconhecimento e salvaguarda de bens imateriais realizada pelo Iphan, que envolvem a comida como uma das referências culturais importantes. A contradição entre estas duas políticas é exemplificada a partir da comparação entre as exigências sanitárias e as tradições de produção, consumo e circulação dos alimentos processados artesanalmente, tomando como exemplo o caso dos queijos e da farinha de mandioca.
Autor(a): CAS MIRANDA
No referido artigo pretendo discutir as práticas sociais e culturais dos remanescentes de quilombos e como elas têm permanecido até o momento. A temática “Retalhos da Memória: Experiências de vida, famílias negras de Tijuaçu – Bahia” está inserida numa discussão que abrange modos de vida, experiências vividas, práticas sociais de um viver rural, pois as vivências dos sujeitos sociais, acontecem em um tempo vivido e experimentado, que revelam o modo de viver, de pensar e de agir, enfim, uma cultura própria.
Autor(a): AM de Carvalho
A cultura de um país é formada pela cultura de cada um dos seus habitantes. É desse ponto de vista que partimos para responder a pergunta do subtítulo deste trabalho. O que nós herdamos dos Africanos? Sabemos que é impossível mensurar a quantidade exata dessa influência, portanto tentaremos discorrer brevemente sobre três principais áreas de atuação: a linguagem (foco central da temática), a culinária e o folclore, itens significativos da cultura de qualquer país.
Autor(a): L Midlej , J Souza , M Castro , L Barbosa , N Leles
Blog que trata do Ofício das Baianas de Acarajé, mulheres detentoras de saberes ancestrais, apesar de seu ofício ter sido declarado pelo IPHAN Patrimônio Imaterial Nacional, de o acarajé ser também objeto de tombamento pela cidade do Salvador e o Dia da Baiana ser data nacional, as baianas lidam com dificuldades relacionadas a pontos de venda, concorrência desleal, perseguição religiosa e luta por políticas públicas que reafirmem seus costumes e tradições.
Autor(a): C Augusto
Em clima de grande emoção as baianas de acarajé, representadas pela Associação das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam) e por dezenas de baianas em trajes típicos, receberam duas homenagens históricas na manhã de sexta-feira (26/10/2012), no prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Autor(a): NP Bitar
Como a organização das baianas tem uma expressão pública de grande destaque, e somando-se a ela a intelectualidade baiana formadora do CEAO e o apoio de um dos terreiros mais antigos de Salvador, dificilmente esse ‘bem’ não teria sido registrado.
Autor(a): NMP Xavier
O ofício da baiana-de-acarajé foi tombado como patrimônio cultural imaterial, colocando-a ainda mais sob o olhar da mídia, podendo receber, inclusive, selo de qualidade e gerando um projeto de fogão movido à energia solar — o acaraSol. Entretanto, ao que parece, o tombamento não conseguiu impedir o processo de secularização pelo qual tem passado, que caracteriza um outro processo — o de ressignificação dos aspectos em torno desse ofício.
Autor(a): DS de Souza
O presente trabalho pretenderá apresentar o Ofício das Baianas de Acarajé no âmbito de Patrimônio Cultural do Brasil, salientando o papel das próprias baianas no processo de registro deste ofício reconhecendo-as como agentes sociais ativas na valorização e salvaguarda desse bem. Este trabalho pretende discutir a questão do patrimônio, no âmbito brasileiro, que está ligada a afirmação de uma identidade nacional.
Autor(a): A OLIVEIRA
Este trabalho pretendeu estudar os discursos turístico-publicitários que giram em torno da cultura do acarajé na cidade de Salvador-Bahia. O estudo foi desenvolvido partindo de informações documentais, bibliográficas e entrevistas semi-estruturadas com consumidores de acarajé, baianos e turistas. Também foram feitas entrevistas com informantes-chave de entidades representativas envolvidas com a comercialização do acarajé na cidade.
Autor(a): C Rial
“Por uma antropologia da alimentação, que foi escrito por Vivaldo da Costa Lima da Costa Lima para aula inaugural do curso de mestrado em Sociologia em 1994, e na segunda parte, cometo a heresia de comparar acarajés e hamburgers.”
Autor(a): MLO Gomes
Na tradição religiosa dos negros trazidos da chamada Costa dos Escravos, a comida se constituía elemento fundamental de comunicação e mediação entre homens e orixás, prestando-se tanto para pedir alguma coisa, como para retribuir uma graça alcançada, ou mesmo festejar as divindades que habitam o panteão africano.
Autor(a): GAF Araújo
Esses saberes estão relacionados à medicina popular e ao conhecimento dos usos de ervas e plantas; ofícios relativos à confecção de utensílios e objetos de flandres, de couro, de barro, de pano tecido à mão, de palha, de vime; modos artesanais de fazer farinha, gomas, doces, acarajé, caruru, abará, bolos e outras comidas da culinária baiana; produtos como o fumo de rolo; criações e expressões artísticas populares como o artesanato figurativo de barro, o cordel, as rodas de capoeira, a poesia, a música e um espaço importante para continuarem existindo e se reproduzindo.
Autor(a): V Danion
Avant toute analyse spécifique du système culinaire de la région de Bahia, il me semblait nécessaire d’exposer les différentes conclusions des travaux réalisés en anthropologie de l’alimentation à propos de l’identité.
Autor(a): J Bacelar
Neste artigo, elas são utilizadas como uma forma de compreensão da alimentação dos baianos em uma abordagem introdutória, na medida em que suas informações são concentradas na produção e distribuição de alimentos. Porém, muitos desses alimentos já estão preparados, como a célebre relação de “especialidades baianas”, o que termina por nos fazer pensar sobre a mesa dos baianos nos últimos momentos do século XVIII.
Autor(a): N R Cavedon, C Chiesa
Compreensão e interpretação da cultura organizacional do comércio de comidas baianas, Pedacinho da Bahia, à luz da circularidade cultural tanto das comidas típicas baianas como dos agentes produtores desse alimento em relação a sua região e cultura de origem, algo que pode ser pensado como semelhante à relação entre estabelecidos e outsiders de Elias e Scotson (2000). PUCRS
Autor(a): MSR Cruz, MLN Simões
El presente estudio forma parte de una tesis de maestría en Cultura y Turismo, y aborda la gastronomía como patrimonio cultural; enfocada en las contribuciones étnicas que realizaron los inmigrantes de la Región Sur de Bahia (Brasil). Dichas contribuciones son resultado del proceso de hibridación (García Canclini, 2006) de las culturas indígena, africana, portuguesa, y árabe, entre otras.
Autor(a): SR Cardoso
Por que os livros de culinária quase nunca retratam a comida afro-brasileira e africana como ela merece ser tratada? Foi a partir de questionamentos como esse, feitos por mulheres negras, que se desenvolveu esta pesquisa. Nela, objetivou-se entender qual o tratamento dado à culinária afro-brasileira em publicações culinárias nacionais que circularam pelo país no século XX.
Autor(a): AP Nadalini
O Candomblé é caracterizado como uma religião afro-brasileira, em que são cultuadas diversas entidades. Tais divindades estão ligadas a fenômenos ou elementos da natureza e também a ancestrais divinizados. No Candomblé uma das principais ligações entre homens e deuses são as oferendas de alimentos e sacrifícios.
Autor(a): PMSB Uru
Um dos derivados do milho que representa uma herança cultural de confraternização é a pamonha, que foi herdada dos índios, posteriormente aperfeiçoada tanto por portugueses quanto por africanos. Embora consumida em muitas regiões brasileiras, não há um consenso em qual estado a pamonha é tida como prato típico. Surge, assim, o desafio de estudar melhor o produto pamonha resgatando sua história.
“… por Fernandes (2004), que relata que os alimentos basicamente indígenas ou da doceria portuguesa eram acompanhados por pratos africanos, tais como acarajé, vatapá, abará, entre outros.”
Autor(a): PR de Souza
Onde quer que estejam, as baianas de acarajé são vistas sempre portando seus muitos colares multicoloridos. Parece ser essa marca que lhes dá legitimidade.
Autor(a): TSA Machado
A afirmação da comida baiana enquanto bem cultural, em uma economia de serviços que marca a Bahia, é assim capaz de engendrar novos rituais de consumo e produção para atender às demandas da contemporaneidade e garantir a permanência do consumo – evidentemente, ainda que não de forma consciente.
Autor(a): LF Costa
“A rua, o mercado, a comida e as festas: uma etnografia de interdições sociais e alimentares entre pentecostais brasileiros”
Ce type d’interdit alimentaire concerne principalement la consommation d’acarajé, d’abará et de gâteaux vendus.
…Pratiquement dans tout l’état de Bahia on peut trouver des baianas d’acarajé. Dans cet état et généralement développée par des femmes, la vente
Autor(a): GA Pagan, DMPG Joanilho
Com a chegada dos portugueses no Brasil houve um primeiro contato desta língua com as línguas indígenas. Importaram, depois, da África muitos escravos, sendo assim, a base da população brasileira era constituída do português europeu, do índio e do negro.
Autor(a): WF Rogério
Trabalho de conclusão de mestrado, apresentado sob forma de projeto e artigo científico, se propõe a avaliar as técnicas de preparo e características físico-químicas de feijão caupi e de acarajés.
Autor(a): DS de S Mendel
O trabalho apresenta os processos de consumo do acarajé, na cidade de Salvador, tendo como foco principal a prática da venda do “Acarajé de Jesus”, ou “Bolinho de Jesus”. Estas denominações são utilizadas para indicar a comercialização das comidas de tabuleiro realizadas por baianas de acarajé seguidoras da vertente religiosa protestante.
Autor(a): bahia.com.br
Um dos maiores símbolos culturais da Bahia, as baianas do acarajé foram reconhecidas, como Patrimônio Imaterial da Bahia, pelo governador Jaques Wagner. O ofício das baianas também entrou para o livro de Registro Especial dos Saberes e Modos de Fazer, consolidando uma tradição no Estado.
Autor(a): correiogourmand.com.br
Neste Brasil o que não falta são delícias para encantar qualquer amante dos prazeres da boa mesa. São muitos ingredientes, receitas, tradições e saberes que fazem da nossa cozinha um patrimônio do qual devemos nos orgulhar.
Autor(a): CA Matos
Neste estudo propõe-se analisar as crônicas produzidas pela escritora e folclorista Hildegardes Vianna, publicadas no jornal A Tarde, no período de 1955 a 1999, com vistas a entender as representações produzidas sobre as mulheres negras na Bahia no início do século XX.
Autor(a): TSA Machado
O trabalho é uma análise sobre a construção simbólica contemporânea da “comida baiana”, observada a partir de um percurso histórico sobre Salvador, Bahia, enquanto uma mercadoria cultural na economia de serviços que define a cidade. É possível observar de que modo este bem significa e é significado por um discurso mais amplo sobre a baianidade e o(a) baiano(a), assumindo um valor reconhecido para a economia e para a cultura e atendendo às demandas dos hábitos alimentares atuais.
Autor(a): RC Santos
Compartilhar do mesmo alimento em grupo é um ato socializante, um exemplo é a comida distribuída no intervalo das grandes festas públicas no candomblé. Desta forma, este trabalho parte da noção de comensalidade, ato de comer junto ou partilhar o alimento, tomando como base as práticas rituais para a elaboração da comida dos orixás, a qual terá seu repasto dividido com os convidados e a família de santo, durante os festejos.
Autor(a): ER Júnior
Estudar aspectos do mercado informal de Salvador, em especial, as baianas de acarajé. A pesquisa buscou retratar como as baianas de acarajé trabalham sobrevivem e se comportam no mercado informal de trabalho em Salvador.
Autor(a): MCNB Cunha
Este estudo focaliza a cultura e identidade das baianas na prática de “venda” de acarajé e de outras comidas, colocadas no seu tabuleiro. Trata-se da actividade exercida por mulheres que “vendem” acarajé, em Salvador, Bahia-Brasil. Estas são comidas sagradas que fazem parte de rituais nos Candomblés. Escravas libertas, mulheres africanas e suas descendentes, devotas de Orixá, Inquice e Vodum saíram do Terreiro e levaram para o povo, nas ruas, estes bolos.
Autor(a): VJR SANTOS
Esta dissertação buscou analisar as diferenças culturais e simbólicas da preparação e comercialização do acarajé, em Salvador-BA, levando em conta: por um lado, a venda pelas baianas adeptas do candomblé, e, de outro, a venda pelas seguidoras das igrejas neopentecostais.
Autor(a): NP Bitar
O objetivo deste artigo é problematizar a categoria baiana de acarajé no contexto do Rio de Janeiro, através da descrição e análise da forma pela qual esses agentes se constituem. A partir da pesquisa de campo, procuro traçar as histórias de vida de quatro baianas de acarajé. Assim, busco compreender os múltiplos significados da baiana e de seu acarajé, através do sistema culinário em que estão inseridos.
Autor(a): J Santilli
O artigo analisa algumas iniciativas recentes de patrimonialização de comidas, saberes e práticas alimentares, no âmbito internacional e nacional. Iphan já registrou como bens culturais imateriais: o ofício das baianas de acarajé, a produção tradicional de cajuína no Piauí, o modo artesanal de fazer queijo minas e o sistema agrícola tradicional do Rio Negro-AM.
Autor(a): CF da Fonseca
A seguinte discussão pretende entender como se relacionam as espacialidades espetaculares, como o pelourinho; as políticas patrimoniais, dentre elas o decreto 3551/ 2000 e as práticas tradicionais urbanas, dentre elas o ofício das baianas do acarajé.
Autor(a): AM dos Santos
Quando se analisou a atuação dos vereadores evangélicos na Câmara Municipal de Salvador durante a década de 1990 foi possível observar como as disputas no campo religioso tiveram reflexo na esfera pública, ao mesmo tempo em que mantiveram uma relação bastante próxima com elementos da cultura política soteropolitana.
Autor(a): VC de Sousa Júnior
A comida e o comer ocupam funções diversas dentro das comunidades de terreiro, onde as comidas dedicadas aos ancestrais preparadas na chamada “cozinha de santo” diferem, pelo “tratamento” das comidas do dia a dia, ou das “comidas refinadas”, chamadas em algumas casas de “comidas de branco”.
Autor(a): RS Guimarães
Foi buscando compreender esse ato governamental que a antropóloga Nina Pinheiro Bitar realizou sua pesquisa de mestrado, defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ e publicada no livro Baianas de Acarajé: comida e patrimônio no Rio de Janeiro. Preocupou-se em compreender os demais aspectos – religiosos, fisiológicos, morais, estéticos, econômicos, sociais etc. – envolvidos na produção, comercialização e consumo de acarajés.
Autor(a): L Gaspar
A comercialização do acarajé, segundo diversos pesquisadores, teve sua origem no período colonial brasileiro, quando as escravas de ganho, de aluguel ou ganhadeiras – que trabalhavam nas ruas para suas patroas – iam pela cidade vendendo mercadorias em seus tabuleiros, como mingaus, peixes fritos, acarajé, abará, bolos, especialmente em cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
Autor(a): AOT Mello, MCS Freitas, RR Jacobina
Este estudo tem como tema o trabalho artesanal das baianas de acarajé e a relação com a saúde dessa trabalhadora e com o seu ambiente de trabalho. As baianas de acarajé garantem a sua subsistência com o preparo e a venda de produtos como o acarajé, em pontos de vendas apropriados, executando um trabalho desgastante e que exige muita dedicação. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, cujo objetivo é analisar as acepções sobre o fenômeno do corpo obeso das baianas de acarajé e a relação com sua saúde, ambiente e práticas alimentares no trabalho.
Autor(a): FM Borges
As ideias que deram origem a essa dissertação, partiram da inquietação em saber como está organizada a venda do acarajé em Salvador, assim como quem são os atores envolvidos no seu processo de produção e consumo.
Autor(a): N de Oliveira, AS Casqueiro
A partir deste enfoque do comer como fenômeno social, no qual a comensalidade exerce seu papel na socialização como aprendizado da cultura e no oportunizar aos indivíduos tempo e lugar de desfrute do convívio com o seu grupo social primário, procuramos realizar uma leitura antropológica de três festas familiares e comunitárias, enquanto ritos de comensalidade. Os eventos abordados são muito importantes no calendário religioso e na tradição cultural baiana e neles, a comida tem uma função essencial: o caruru, o natal e a páscoa.
Autor(a): MPA Carneiro
A abordagem que nos propomos a fazer assinala o momento anterior à revitalização do Pelourinho, na época de 1930 até 1967 (primeiros esforços no sentido de restauração e transformação da área). O ponto de partida é a obra de Jorge Amado
Autor(a): EC Gomes
O patrimônio no sentido jurídico integra as mudanças, que envolvem campos de tensão e disputas por legitimidade, marcadamente aquelas relativas à incorporação do chamado “intangível”, “cultura imaterial”). O livro de Nina Bitar aponta diversos aspectos importantes, a serem analisados, que estimulam ainda mais a leitura e contribuem ao debate de distintas áreas de conhecimento.
Autor(a): MAF Santos
O abará e o acarajé, são pratos confeccionados com a massa de feijão fradinho; o acarajé é frito em azeite de dendê, e o abará, cozido à vapor, tem o azeite de dendê adicionado à sua massa, juntamente com o camarão. Estes pratos são encontrados nos tabuleiros das baianas de acarajé, nas ruas de Salvador. Devido a importância cultural e alimentar destes produtos, o objetivo da presente pesquisa foi determinar a composição centesimal do abará e do acarajé nas diversas formas de consumo.
Processo nº 01450.008675/2004-01.
Autor(a): JUSBRASIL
Através do Decreto n.º 3.551/2000 foi instituído o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem o patrimônio cultural brasileiro e criado o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial.
Atualmente, existem os seguintes bens imateriais brasileiros registrados no IPHAN: Oficio das Paneleiras de Goiabeiras, Arte Kusiwa Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi, Círio de Nossa Senhora de Nazaré, Samba de Roda do Recôncavo Baiano, Modo de Fazer Viola-de-Cocho, Oficio das Baianas de Acarajé, Jongo no Sudeste, Cachoeira de Iauaretê Lugar Sagrado dos Povos Indígenas dos Rios Uaupés e Papuri, Feira de Caruaru, Frevo, Tambor de Crioula, Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo, Modo de Fazer Queijo de Minas, nas regiões do Serro e das Serras da Canastra e do Salitre, Roda de Capoeira, Ofício dos Mestres de Capoeira, Modo de Fazer Renda Irlandesa produzida em Divina Pastora (SE), Toque dos Sinos de Minas Gerais e Ofício de Sineiros.
Autor(a): Secom Bahia
Vestidas a caráter, cerca de 60 baianas de acarajé participaram, no dia 26/10, no Salão de Atos da Governadoria, em Salvador, da cerimônia da assinatura do decreto que tornou o ofício das baianas Patrimônio Imaterial da Cultura da Bahia. Com o decreto, assinado pelo governador Jaques Wagner, o ofício foi registrado no Livro Especial de Saberes e Modos de Fazer do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado.
Autor(a): J Gomes
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu a importância cultural dos saberes e fazeres tradicionais aplicados na produção e comercialização das chamadas comidas de baiana, feitas com dendê, com destaque para o acarajé, e registrou o “Ofício da baiana do acarajé” como Patrimônio Nacional no dia 1º de dezembro de 2004. Instituto Palmares
Autor(a): MLVC Cavalcanti, MCL Fonseca
Ao definir o patrimônio imaterial como objeto de instrumento normativo multilateral no campo da cultura, em 2003, a UNESCO fazia repercutir o reconhecimento do papel deste tema em um cenário global marcado por profundas transformações, associadas ao agravamento da desigualdade econômica e da intolerância étnico-religiosa. Assim é que a adoção dos princípios contidos na Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, já ratificada por mais de uma centena de países, vem colaborando para a implementação de políticas públicas de fomento ao diálogo intercultural e à criatividade humana. Tais estratégias, sobretudo, podem intervir em prol da superação das desigualdades e da validação da diversidade cultural como um alicerce a mais para a sustentabilidade do desenvolvimento nos planos internacional, regional e local.
Uma abordagem nesta linha, que também contempla o patrimônio imaterial em sua interação plena com expressões da cultura material, consubstanciou-se na política pública adotada pelo Brasil, cujo principal marco legal é o Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, voltado ao “Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem o patrimônio cultural brasileiro”.
Autor(a): IPAC
Oficio da baiana consiste na elaboração do acarajé como seu alimento principal. Feito de feijão fradinho e cebola, frito no formato de ‘bola’ no azeite de dendê é servido com pimenta, camarão, vatapá, salada e caruru. Registro nº 02 – Decreto Estadual nº 14.191/2012.
Autor(a): IPHAN – Página
O processo de instrução de ambos os bens culturais foi conduzido pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), no âmbito do Projeto Celebrações e Saberes da Cultura Popular, proporcionado pelo PNPI. Este foi um projeto piloto desenvolvido pelo CNFCP para experimentar os instrumentos então criados para a salvaguarda do patrimônio imaterial; a saber: INRC e registro. A instrução para o registro do ofício de baiana de acarajé foi integrada com projetos do CNFCP de apoio à produção de artesanato tradicional.